volta a portugal em 7 Bebidas
O nosso país tem um leque de bebidas típicas de qualidade superior.
Venha dar a volta a Portugal em 7 bebidas e fique a conhecer as melhores iguarias líquidas da destilaria nacional.
A Norte, a Sul ou passando pelas Ilhas temos bebidas que fazem parte da nossa História e tradição, deliciando o povo português e quem nos visita.
Vinho do Porto
O Vinho do Porto é produzido exclusivamente com uvas provenientes da Região Demarcada do Douro, a 100 quilómetros a norte da cidade que lhe dá o nome.
Depois de produzido o Vinho do Porto é armazenado fora da cidade, nas caves de Vila Nova de Gaia.
O seu nome deve-se ao facto de a partir da segunda metade do século XVII, o maior porto de exportação da bebida ser o da cidade do Porto.
Esta bebida surgiu quando os ingleses, ao transportar vinho de Portugal para Inglaterra, adicionaram brandy aos barris para que não azedasse durante o transporte.
Esta mistura originou o vinho do Porto. É um vinho fortificado mais popular em Portugal e conhecido mundialmente.
Vinho Verde
O Vinho Verde possui uma denominação de origem controlada, isso significa que só pode ser produzido na região demarcada do vinho verde,região vinícola localizada no Minho
É única e exclusivamente produzido em Portugal.
O nome não é proveniente do tipo ou amadurecimento da uva, mas de uma maneira de produzir vinho.
Não é verde, mas é geralmente bebido jovem, pois está pronto para consumo apenas alguns meses após o engarrafamento.
Os portugueses tendem a consumir Vinho Verde branco bem fresco principalmente no verão, uma vez que é levemente efervescente, refrescante e fácil de beber.
O vinho verde é o segundo vinho português mais exportado, o primeiro é o Vinho do Porto. É um excelente vinho para acompanhar pratos de peixe e marisco.
Aguardente de medronho
Ou Medronho, é uma bebida tradicional do Algarve.
É uma aguardente de frutos com cerca de 48%de álcool. obtida apenas da fermentação alcoólica e da destilação de frutos do medronheiro ou do seu mosto .
O genuíno Medronho algarvio tem um aroma e paladar mais frutado, em comparação com os aromas e gostos mais herbáceos presentes nas restantes aguardentes de medronho.
É consumida como aperitivo.
A área geográfica de produção do Medronho, no Algarve, recebeu a distinção de Indicação Geográfica Protegida (IGP).
O Medronho é uma fruta selvagem e que não é cultivada, quando está madura, é colhida tradicionalmente de forma manual, a partir de Setembro.
Manda a tradição, também, que a destilação do Medronho do Algarve IGP se faça a partir de finais de Janeiro ou início de Fevereiro.
Licor Beirão
A produção deste licor teve início no século XIX, na vila da Lousã, distrito de Coimbra.
O nome vem das origens desta bebida destilada, na região das Beiras.
A sua base consiste numa mistura de ervas, entre elas eucalipto, canela, alecrim, alfazema, hortelã, lavanda, bem como sementes aromáticas submetidas a um processo de dupla destilação.
O Licor Beirão apresenta uma cor âmbar, um característico sabor doce herbáceo, é normalmente consumido como digestivo, simples ou com gelo.
É também utilizado em cocktails, para potenciar outras bebidas e na confeção de alguns doces.
Ginjinha
Ginjinha ou Ginja, é um licor obtido a partir da maceração da ginja, uma fruta que se assemelha à cereja. Obtém-se da mistura de especiarias e açúcar, é uma bebida muito popular em Portugal, nomeadamente em Óbidos e Alcobaça.
Mas é em Lisboa que se encontram os locais mais afamados e exclusivamente dedicados à de venda de Ginjinha.
São pelo menos quatro os espaços históricos na capital portuguesa conhecidos como próprios para o consumo desta bebida: a Ginjinha Espinheira, fundada em 1840 pelo galego Francisco Espinheira; a Ginjinha Sem Rival, fundada no século XIX; a Ginjinha Rubi, fundada em 1931; e a Ginjinha do Carmo, fundada no século XXI, situada na Calçada do Carmo, na baixa da capital.
Uma das tradições típicas nos passeios pela baixa lisboeta e imortalizada num fado de Amália é beber uma Ginjinha, que pode ser servida em copo normal ou de chocolate(branco, negro ou de leite), com ou sem a ginja.
Vinho da Madeira
Reza a lenda que a fama e o prestígio do Vinho da Madeira tiveram origem em grandes momentos da História, entre os quais a celebração da independência dos Estados Unidos, em 1776, com um brinde de vinho do arquipélago português.
As vindimas insulares realizam-se entre meados de Agosto e Outubro, sendo o ponto mais alto a Festa do Vinho, em Setembro.
O solo de origem vulcânica e a proximidade ao mar, associados às condições climáticas com verões quentes e húmidos e invernos amenos, conferem ao vinho madeirense características únicas.
O Vinho da Madeira, é complexo em tipos e estilos diferentes, é consumido como aperitivo ou digestivo, até porque, além de um sabor mais doce, tem, também, um elevado teor alcoólico.
Ganhou também reputação internacional por ser usado para fins culinários, nomeadamente nos EUA e Reino Unido.
Deve ser bebido num copo mais aberto junto ao pé, tornando-se mais fechado no topo.
Assim, o vinho pode ser melhor apreciado, pois concentra os seus aromas mais complexos e ricos na abertura do copo, que deve estar cheio até um terço.
Moscatel de Setúbal
Conhecida pelos vinhos generosos produzidos de casta moscatel, a Península de Setúbal tem no Moscatel o seu ex-líbris e é uma região com Denominação de Origem Controlada.
A Região Demarcada do Moscatel de Setúbal, que goza de um clima misto, subtropical e mediterrânico, influenciado pela proximidade do mar e dos rios Tejo e Sado, foi demarcada em 1907.
Apesar de tardiamente reconhecida, a história da produção desta bebida licorosa na região está documentada desde o século XIII. Várias cortes na Europa consumiam com regularidade este Moscatel, com forte caráter cítrico e doce.
É um vinho fortificado, feito com uvas moscatel.
A sua cor varia do topázio claro ao topázio queimado e, quando envelhecido, ganha um inconfundível perfume.
Existem dois tipos de Moscatel de Setúbal, o branco e o roxo, este mais raro.
As designações tradicionais “Moscatel de Setúbal” e “Roxo” estão reservadas para os vinhos DOC Setúbal.
No final do século XX, a casta Moscatel Roxo de Setúbal estava reduzida a um hectare.
Condenada a desaparecer, apesar de muito apreciada pelos especialistas portugueses e estrangeiros, foi alvo de uma replantação no início de século, em particular na última década.
A atual área de vinha apta à produção de Moscatel de Setúbal é de 540 hectares e de 42 hectares para o Moscatel Roxo de Setúbal.
Um brinde agora e sempre ás experiencias e á vida